terça-feira, 5 de maio de 2009

A Poesia é meu sintoma



Foto: "fantasma", Gustavo Tavares. Vassouras, RJ. abril/09


Não me surpreendo mais e não me repreendo mais também. Por saber das possibilidades não me despermito. Vou para onde a libido aponta, mesmo sabendo que é para um fantasma. Não tenho medo mais de fantasmas. Eles sou eu. Eles se materializam ao longe e desmaterializam ao toque. Psicanaliticamente, fico a chupar o dedo. Eras mais próxima a distância, te digo, minha frase mais recorrente. Por isso não tenho medo, sou apaixonado por fantasmas. Bu, sou eu, mas não te assustes, não me assustes, não me espantes, não me enxotes. Sei que me preferes de longe também. Mas aí é que está, apesar de tudo isso quero algo além de mim, quero algo perto que não seja eu de longe. Por isso vou para longe e continuarei indo: para alcançar o perto, para te alcançar... te alcançar... alcançar... cansar.

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