quarta-feira, 1 de abril de 2009

a mesa vazia




Estar ciente que o desespero pode cair na cabeça e balançar os grilhões. mesmo sem a cara amarrada no sem nome, ademais a sorte nos indica que a mansidão da alma se esvai a medida que se avança em direção àquilo que não se espera. Mas então qual a razão? Qual o sentido? Lá, aponta o outro. Sempre o Outro, aquele do Lacan. E às vistas do sem calma do não existir adentra a sala de jantar e mata o que não diz. Mata o que não sente. Mata o que não vê. Sobramos poucos e mesmo assim esses não somos nós. Sobram o desespero do existir, sobra a mesa vazia.

Um comentário:

  1. oi, gust. como você está concentrando universos, que coisa bela. posso afirmar ser tudo isto de dores no âmago de existir como você descreve aí.
    cometi orkutícido,pra não cometer de outros tipos. a vida aqui é só um quarto,estou te escrevendo ha meses, mesmo que com o pensamento, penso numa visita a sua ciudade o mais rápido possível, e arrumei um emprego que justifica isso. não te esqueço,meu querido. e nem as frases frescas na máquina de escrever, é que preciso de novas fitas.
    um beijo enorme, perdoe-me o desaparecer...

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